Os bichinhos de estimação, sejam eles cachorros ou gatos, já são parte da família da maioria dos brasileiros há muito tempo.
Ter um pet em casa pode trazer diversos benefícios tanto para a saúde física quanto mental.
No entanto, é comum escutarmos que para se ter um animal de estimação, principalmente quando se está falando de cachorros, é preciso ter um quintal com espaço para que eles possam explorar e brincar.
Mas será que não é possível criar um cão dentro de um apartamento?
Com a verticalização das cidades e o aumento da urbanização, essa questão começou a ser cada vez mais comentada.
Afinal, segundo dados do IBGE, existem cerca de 25 milhões de brasileiros vivendo em apartamentos.
Pensando nisso, trouxemos neste post um guia completo com tudo que você precisa para criar seu amigo de 4 patas dentro de um apartamento e ainda assim oferecer um local seguro e confortável para ele!
Assuntos que você irá encontrar:
- Como criar um cachorro em apartamento?
- Quais são as melhores raças de cachorro para apartamento?
- Quais são seus deveres como tutor de cachorro?
- Entenda a multa por latido de cachorro.
Como criar um cachorro em apartamento?
Criar um cachorro em apartamento pode parecer uma tarefa complicada, visto que esse tipo de moradia não costuma possuir espaços abertos para o animal poder correr e se divertir.
Entretanto, cachorros são extremamente adaptáveis e podem sim ser criados em locais menores!
Mas claro que para essa relação ser benéfica tanto para o pet quanto para o tutor, é necessário seguir alguns passos simples para garantir que o seu amigo peludo tenha todas as suas necessidades atendidas.
Ou seja, levar ele para passear diariamente, manter um espaço limpo e seguro, além de assegurar uma alimentação balanceada para o seu cachorrinho são algumas das ações que você pode tomar para melhorar o bem-estar dele.
Se você é um tutor de primeira viagem e não sabe como cuidar de um pet em um espaço reduzido, não se preocupe! Iremos listar as 8 principais dicas para tornar essa experiência ainda melhor!
1. Conheça as regras do seu condomínio
De acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal Brasileira, que garante o direito de propriedade a todos os indivíduos, nenhum condomínio pode proibir a entrada de pets dentro dos apartamentos.
No entanto, é importante ressaltar que os condomínios podem restringir a circulação dos animais em áreas comuns como piscina, elevador social e salão de festas, por exemplo.
E se você mora em um apartamento alugado, é preciso ter ainda mais cuidado!
Isso porque alguns contratos possuem cláusulas específicas que proíbem ou limitam a presença de animais no imóvel.
Em alguns casos, você pode tentar negociar com o proprietário e explicar suas intenções, além de se comprometer a seguir todas as regras do condomínio.
2. Estabeleça uma rotina de passeios
Agora que você já deu o primeiro passo e está tudo certo para trazer o seu novo amigo para o seu apartamento, é hora de criar uma rotina de passeios para ele.
Esses momentos fora de casa não apenas ajudam a gastar energia, mas também proporcionam ao cão a oportunidade de socializar e explorar novos ambientes.
Você sabia que cachorros são animais de hábitos?
Ou seja, assim como a maioria dos humanos, eles tendem a se sentir mais seguros e equilibrados quando sabem o que esperar ao longo do dia.
Portanto, estabelecer horários fixos para os passeios ajuda o seu pet a se adaptar à rotina do apartamento, além de facilitar o treinamento para as necessidades fisiológicas, evitando acidentes dentro de casa.
3. Proporcione atividades de enriquecimento mental
Com um espaço limitado, é normal que o seu cachorrinho caia em um estado de tédio ou ansiedade.
Para evitar isso, é importante manter o cérebro do seu pet sempre estimulado com atividades que desafiem sua mente e incentivem a curiosidade natural do animal.
Uma das maneiras mais eficazes de oferecer isso ao bichano é por meio de brinquedos interativos, jogos de busca de comida e brinquedos de dispensação de petiscos, que podem ser encontrados em qualquer loja de artigos para pets.
Além disso, outra forma de estimular seu cãozinho pode ser feita através da introdução de novas experiências e sensações no dia a dia dele.
Você pode fazer isso variando as rotas dos passeios, ou até mesmo criando desafios simples dentro de casa, como esconder petiscos em diferentes lugares para que ele possa encontrar. Muito simples, certo?
4. Invista em treinamento para o seu cão
Investir em treinamentos para o seu pet é uma das melhores maneiras de garantir que ele se torne um bom companheiro, educado e que conheça os seus limites.
Dessa forma, o treinamento vai além de ensinar comandos básicos.
Ele também é essencial para o desenvolvimento do peludo em situações de estresse ou desconforto, principalmente quando estiver na presença de outros animais ou pessoas.
Além disso, quando falamos em investir no treinamento do seu pet, não estamos falando apenas de investimento financeiro.
Se você está se perguntando se é possível treinar seu cachorro sem a ajuda de um profissional, a resposta é sim!
No entanto, você precisa disponibilizar tempo, dedicação e constância para essa atividade.
Embora a orientação de um adestrador possa ser muito valiosa, com a abordagem correta e um conhecimento básico sobre o funcionamento do comportamento canino, é possível alcançar ótimos resultados ensinando o seu bichano.
5. Crie um espaço confortável
Todo mundo gosta de ter um cantinho especial e confortável em casa, certo?
Seu cão não é diferente e, independente do tamanho do seu apartamento, é essencial que ele possua um espaço reservado dentro de casa!
Portanto, mesmo que o pet tenha livre circulação por todos os cômodos ou até mesmo durma na mesma cama que você, é importante criar esse cantinho para que, quando ele estiver sozinho, tenha um lugar de costume para ficar e encontrar suas coisas.
6. Mantenha o ambiente limpo
Manter os ambientes limpos é fundamental para criar qualquer pet, garantindo tanto a saúde do animal quanto o conforto da sua família.
Em um espaço mais limitado, como um apartamento, a acumulação de pelos, sujeiras e odores pode ser mais perceptível e os incômodos podem começar a aparecer de forma mais frequente.
Por isso, uma das primeiras medidas é estabelecer uma rotina de limpeza da sua casa.
Isso inclui aspirar o chão e os móveis regularmente para remover os pelos que os cães inevitavelmente soltam, além de limpar as áreas onde o cachorro costuma passar mais tempo.
Além disso, não se esqueça de escolher produtos de limpeza que sejam seguros para os animais de estimação.
Muitos produtos convencionais podem conter substâncias químicas que, se ingeridas ou inaladas pelo seu pet, podem causar problemas de saúde.
7. Cuide da alimentação do seu pet
Assim como em nós humanos, a escolha de uma alimentação balanceada, adequada a idade e nível de atividade física, contribui para manter o peso ideal e evita problemas de saúde.
Para isso, estabeleça horários regulares para as refeições, ajudando a criar uma rotina alimentar que favorece a digestão e o comportamento do seu cachorro.
Outro ponto muito importante, que muitas vezes é negligenciado pelos tutores, é a qualidade do alimento oferecido ao pet.
Não se esqueça de evitar alimentos inadequados ou sobras de comida, pois isso pode causar desequilíbrios nutricionais e até mesmo intoxicações no seu bichinho.
8. Não se esqueça da segurança!
Antes de trazer seu novo companheiro para casa, é importante realizar uma vistoria no apartamento, checando todos os locais e objetos que possam acabar machucando o pet.
Além disso, embora os apartamentos possam parecer ambientes controlados e seguros, existem diversos aspectos que precisam ser considerados para evitar acidentes e garantir o bem-estar do seu animal.
Dessa forma, certifique-se de que janelas e varandas estão devidamente protegidas com telas de proteção.
Elas são essenciais para evitar quedas, especialmente se o seu cachorro tem acesso a esses espaços.
Não se esqueça de, ao abrir a porta, verificar onde o seu pet está para evitar que ele escape acidentalmente.
Uma dica valiosa é usar portões de segurança, especialmente se você mora em um andar alto ou se há escadas, para evitar que o animal acesse áreas que possam representar riscos.
Outro ponto importante a ser destacado é que algumas plantas comuns em ambientes internos podem representar um perigo sério para os cachorros, causando desde irritações leves até intoxicações graves.
Portanto, é importante identificar as plantas que você tem em casa e garantir que elas estejam fora do alcance dos pets ou optar por espécies seguras, protegendo a saúde do seu cãozinho.
Quais são as melhores raças de cachorro para apartamento?
Na hora de decidir aumentar a família e adotar um cachorro, uma das escolhas que mais pesa é qual será a raça do pet, principalmente para aquelas pessoas que moram em apartamentos com espaços reduzidos.
Afinal, um animal de grande porte pode não ser o mais indicado para espaços pequenos e um bichano com temperamento menos sociável pode não ser a melhor opção para famílias com crianças, por exemplo.
Dessa forma, é preciso levar em consideração as características e necessidades específicas de cada raça.
Portanto, agora que você já sabe os principais cuidados para criar um cãozinho em apartamento, preparamos uma lista com as melhores raças para você e para a sua família!
Shih Tzu
Conhecidos por serem pequenos e afetuosos, o Shih Tzu é uma raça originária do Tibete, na China.
Além de serem afetuosos, os cachorros dessa raça são grandes companheiros de seus tutores e costumam se dar bem com outros animais e crianças.
Eles não precisam de muito espaço para se exercitar e são conhecidos por serem tranquilos e adaptáveis, desde que recebam atenção e carinhos dos seus tutores.
Buldogue francês
Originários da França, os Buldogues Franceses são uma das raças mais populares para apartamentos visto que são animais de pequeno porte e personalidade amigável.
Outro ponto de destaque para essa raça é a pelagem curta e o fato de não precisarem de muito espaço para se exercitarem.
Ainda, se você está pensando em trazer um Buldogue Francês para a família, saiba que apesar de um pouco teimosos, essa raça é conhecida por ser adaptável e fácil de treinar, o que os torna perfeitos para espaços menores.
Pug
Com expressões muito únicas, o Pug é uma raça originária da China que conquista corações por sua personalidade amorosa e sociável.
Além disso, essa raça é popular por se dar bem em ambientes fechados e não precisar de muitos exercícios para se manterem saudáveis.
Ou seja, perfeitos para vida em apartamento!
Fazendo jus a sua aparência singular, os Pugs costumam amar serem o centro das atenções.
Por isso, precisam de carinho e atenção constante da sua família humana.
Yorkshire Terrier
Conhecidos por sua pelagem longa e sedosa, os cachorros dessa raça apesar de pequenos, são grandes em personalidade.
Originários da região que leva o seu nome, Yorkshire, na Inglaterra, esses animais são bastante adaptáveis, principalmente em ambientes como apartamentos.
Entretanto, eles precisam de uma atenção especial às atividades físicas, necessitando de caminhadas diárias mais longas e momentos de brincadeira com a família para gastar energia.
Dachshund
Popularmente conhecido como o cachorrinho “salsicha”, essa raça possui uma personalidade que encanta tanto quanto a sua aparência.
Com o seu corpo alongado e pernas curtas, os Dachshunds são cães de pequeno porte e que conseguem se adaptar ao clima e ao estilo de vida dos seus tutores com facilidade.
Cachorros dessa raça são curiosos e possuem uma energia que muitas vezes parece não se esgotar.
No entanto, suas necessidades de exercício devem ser supridas com caminhadas diárias e brincadeiras dentro de casa.
Maltês
Originários da Ilha de Malta, o Maltês é conhecido por ser uma ótima raça de cães de companhia.
Apesar da sua pelagem exigir um maior cuidado para se manter saudável e, principalmente, sem nós, essa raça é extremamente sociável e fiel aos seus tutores.
Além disso, o Maltês se destaca por ter uma personalidade atenta e um temperamento gentil e carinhoso ideal para famílias com crianças.
Boston Terrier
De pequeno a médio porte, o Boston Terrier é uma raça amigável e fácil de treinar, se adaptando muito bem em espaços menores.
Mesmo sendo animais altamente ativos, caminhadas diárias e brincadeiras com a família costumam ser suficientes para manter o Boston Terrier saudável.
Portanto, se você está buscando uma raça leal e divertida, essa pode ser a sua melhor escolha.
Poodle
Conhecido por ser inteligente e brincalhão, o Poodle possui três tamanhos: padrão, miniatura e toy.
Uma das grandes curiosidades da raça é que, apesar de ter uma pelagem longa e densa, ela não apresenta queda entre as estações (comum na maioria dos cachorros).
No entanto, vale ressaltar que para manter a pelagem do pet saudável é preciso tomar alguns cuidados, como escovação e tosas periódicas, além de uma alimentação balanceada.
Por ser um animal de personalidade afetuosa e leal, o Poodle é uma ótima companhia tanto para famílias quanto para pessoas que moram sozinhas e não possuem tanto espaço em casa.
Vira-lata
Se você quer adotar um vira-lata, mas acredita que não seja possível pelo espaço reduzido de um apartamento, saiba que isso não é verdade!
No geral, esses cachorros são conhecidos por se adaptarem bem a diferentes ambientes e a se ajustarem ao estilo de vida dos donos, seja em locais fechados ou rotinas mais tranquilas.
Além disso, vira-latas geralmente têm menos predisposição a problemas genéticos, devido à sua diversidade genética.
Isso pode resultar em menos visitas ao veterinário e menos preocupações com doenças hereditárias.
Por fim, muitos vira-latas foram resgatados ou adotados após viverem em situações difíceis e precárias.
Dessa forma, eles costumam ser extremamente carinhosos e gratos ao novo lar e, principalmente, aos novos tutores, proporcionando uma relação de afeto muito forte.
Quais são seus deveres como tutor de cachorro?
Ao decidir ter um cachorro em apartamento é importante você saber todos os seus deveres como tutor.
Afinal, você com certeza quer continuar tendo uma boa convivência com os vizinhos do seu condomínio, certo?
Uma das medidas mais essenciais para transitar com o seu pet pelas áreas comuns do prédio é manter ele sempre próximo a você utilizando uma guia curta, principalmente quando houver outros moradores por perto.
Outro aspecto que não pode ser deixado de lado é a limpeza dos dejetos do seu cachorrinho.
Dessa forma, como tutor, é sua responsabilidade recolher e descartar corretamente esses resíduos, não só para evitar situações constrangedoras, mas também para prevenir a transmissão de doenças.
Por último, mas não menos importante, se você sabe que algum vizinho tem medo de animais, use o bom senso e evite compartilhar o elevador com ele enquanto estiver com o seu cachorro.
Entenda a multa por latido de cachorro
Apesar de não ser muito conhecida, a multa por latido de cachorro existe, sim!
Mas fique tranquilo que essa multa não é para qualquer tipo de som, mas sim para aquele constante e alto, que atrapalha a rotina dos condôminos.
Em muitos casos, os regulamentos internos do condomínio estabelecem regras claras sobre o controle de ruídos, incluindo latidos persistentes e altos.
Não se esqueça que esses barulhos são responsabilidade do tutor, afinal, seu cachorro está apenas tentando se comunicar através do seu latido, mesmo que seja em uma hora inoportuna.
O valor da multa pode variar conforme o regulamento de cada condomínio ou bairro, mas a sua aplicação costuma ser baseada nas regras de convivência e no direito dos outros moradores ao sossego.
Em termos legais, o Código Civil Brasileiro, através do Art. 1.277, garante o direito de vizinhança, o que inclui o direito à tranquilidade e ao conforto no lar.
Portanto, se os latidos do seu pet forem considerados excessivos e interferirem no bem-estar dos vizinhos, você pode ser responsabilizado.
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